Em altura de encerramento forçado, a hotelaria isenta de facturação adoptou medidas drásticas. Para algumas empresas de turismo o passo óbvio foi a redução de pessoal, desconsiderando a preparação necessária para o período pós crise, que será exigente e vai requerer um arranque organizado e imaculado. É por isso que, nesta altura, a TH2 disponibiliza o serviço de "Business Model Rethinking" com o desenho de estratégias para esta altura e idealização de cenários e requisitos para o pós-arranque, bem como as necessidades de pessoal, articulado com os objectivos do negócio. O "Coaching de Equipas Hoteleiras em época de gestão de crise" são um recurso precioso para garantir a produtividade do pessoal em teletrabalho e orientação ao rebirth da indústria.
A TH2 dedicou-se a copilar 5 dicas importantes para assegurar uma fase que se sabe atribulada, numa produtiva e de oportunidade.
1 - Remarcar: Já tem sido um apelo num turismo que, mais que nunca, se vê unido nas adversidades comuns enfrentadas. Uma flexibilização na remarcação ou possibilidade de alteração de data da reserva são o segredo desta iniciativa. Se para si é óbvio nesta fase, pode não ser tão óbvio para o cliente e para o seu parceiro, intermediário. Garanta, com letras gordas e bem referido, sem se não, nem condições apertadas, que será permitida a remarcação mediante pagamento antecipado. Afinal, é esse pagamento adiantado que nesta altura tanto precisamos não é? Esta iniciativa funciona ainda melhor agregada à acção 2.
2- Desconto: De nada, mesmo nada vale baixar as tarifas, nem reduzir os valores do seu alojamento. Importa compreender o conselho desta medida, aproveitando para perceber que baixar o preço de um serviço não é proporcionalmente inverso à sua procura, não irá necessariamente gerar procura, especialmente se não suportado numa estratégia comercial fundamentada. Sim, há as oportunidades last-minute, os leilões, mas não a redução drástica por desespero. Isso só irá resultar num denegrir da imagem da propriedade, numa imagem de desorganização de planificação nesse "tentar adivinhar qual deve ser o preço certo". É verdade que tinha uma estratégia no início do ano e estava a implementá-la, mas medidas extraordinárias requerem-se e essas devem ser sérias. O desconto que aqui se propõe aplica-se às reservas existentes, que não precisa necessariamente de ser em dinheiro (mas também pode ser em dinheiro, parcialmente). Sugere-se a redução do valor já pago de reservas em voucher para re-utilização em outros serviços ou em cash para aumentar a probabilidade da reserva não ser cancelada e devolvida na íntegra.
3- Cancelamento Gratuito: alinhado com o ponto 1, nesta acção vamos fazer um rethink de toda a planificação de tarifas. É como se tivéssemos a trabalhar com a BAR o tempo todo, mas com as condições da tarifa RACK- flexibilização na remarcação, no reagendamento, uma, duas, três vezes. Não ser obtuso e greedy ajuda: válido por um ano sim senhor, quais 3 ou 6 meses. Atitude requer-se e quem não deve,não teme. Somos ou não bons hoteleiros? Somos ou nãohospitaleiros? Acreditamos ou não que os clientes nos vão escolher?Não vale a pena encurtar as suas hipóteses e escolhas impingindo! Isso não é hospitalidade. Dá muito trabalho lançar e re-lançar reservas à mão?!Bem vindo à industria dos serviços!
4- Formação & Estratégia: há quanto tempo adiamos ou fazemos pela metade a formação das equipas? Sem deixar ninguém de fora e considerando um reajuste (ou criação) do Manual de Procedimentos de acordo com a formação. Agora, mais que nunca, a formação e preparação de todo um novo mindset de turismo é essencial. Se é para fazer restart que seja bem feito e alinhado com a oportunidade de ser realmente bom, melhor. Don't take anything for granted. As nossas decisões e políticas vão influenciar as escolhas futuras dos clientes que remarcaram e cancelaram. Determine agora a estratégia a adoptar e garanta que estão todos alinhados.
5- Redesign: ah não precisa? Engana-se! A coerência daquele lindo site com as comunicações por email ou mesmo nas redes sociais vai revelar o carácter do negócio. Quando a brochura não bate certo com o cartão de visita, quando os elementos de comunicação dos quartos (hotel e room items) estão com mau aspecto ou desgastados, quando a ementa está rabiscada porque entretanto mudámos o preço do vinho, algo não houve smart design. Ajuste o design das suas peças de comunicação à sua necessidade, dotando a sua equipa com formação elementar sobre a matéria. Ganhe autonomia na edição de peças que são frequentemente mutáveis mas assegurando o design e a personalidade desejada de acordo com o manual de normas. No turismo, mais que em qualquer negócio, por se tratar de serviços e vivências (não produtos palpáveis) precisamos assegurar uma imagem que faça jus ao meu conceito e peças que representem quem nós somos. Peças idealizadas por um designer profissional de turismo/hotelaria com adaptação para reprodução parcial in-house. Assim simples.
Bom trabalho e saúde todos ;)
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