A restauração portuguesa tem na última década “sofrido” um crescimento económico, financeiro e de reconhecimento nacional e internacional que nunca antes tinha acontecido.
Este reconhecimento e crescimento dá-se, não só pela alteração de pensamento dos clientes, mas também pela surgimento de Chefes de Cozinha que passaram anos a serem estrelas em restaurantes no Mundo e que resolveram voltar para abrir restaurantes em nome próprio; investidores que trouxeram consigo jovens Chefes com sede e desejo de crescimento e de fama; e uma procura por parte dos clientes que Portugal começava a receber de restaurantes modernos!
Mas este conceito de restuarante moderno, esbateu muitas vezes numa falta de organização dos mesmos e que o importante era o cliente de hoje e não o de hoje e o de amanhã.
Este momento pela qual passamos é a prova de que o crescimento pela qual vivemos, terá que sofrer uma re-estruturação quando voltar.
Poderíamos ser assertivos e colocar uma série de questões sobre o que correu mal, o que corre mal e o que vai correr muito mal; pois uma coisa é certa: se até agora o Governo sorria com os números do desemprego, dentro de poucos meses e por muitos meses não vai conseguir sorrir.
Visto tratar-se de um negócio que consegue chegar a (quase) 15% do PIB Nacional e com números directos de empregados a ultrapassar os 100.000, Portugal enfrenta uma das suas maiores crises – não só sanitárias – mas como também sócio-económicas.
Pintado o cenário negro da situação, vamos ao trabalho?
A primeira coisa a fazer, por mais díficil que seja a resposta, é não desisitir. Desisitir é sinal que falhámos, e se calhar alguns irão desisitir, devido ao cansaço ou a má organização, mas a esses não poderemos socorrer. Mas aos resilientes, aos apaixonados pela área é tempo de pensar em renovadas estratégias.
Tarefas:
1. Ler as críticas, positivas e negativas, realizadas pelos clientes nas diferentes redes sociais;
2. Olhar para o meu espaço e pensar se me sinto bem na minha Casa, na minha Sala. Se estou confortável;
3. A imagem, a decoração, o ambiente, a temperatura, o som é agrádevel e convidativo;
4. O conceito, a comida, a faiança, a cutelaria, os vidros são a minha imagem;
5. De que forma me apresento aos meus convidados, aos meus amigos que recebo no meu espaço;
6. O que lhes sirvo, 4ª gama, 5ª gama, 3ª gama…
7. A minha formação e daqueles que me acompanham;
8. Por último, que experiências potencio ao meu cliente.
Não é fácil, mas de certeza que quando abrir portas vai poder dizer, que apesar de quarentena salvaguardou o seu trabalho e os dos seus.
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