“Expect what you check, don’t expect what you don’t check”
Vamos começar por ser o mais directos e incisivos possíveis: Não há colaboradores para Hotelaria e Restuaração.
Culpa? TODOS! Sem excepção.
Dos operacionais, definam metas, definam objectivos saiam das suas zonas de conforto, lutem e escolham ser mais e melhor do que são hoje.
Das escolas pelo seu afastamento da realidade hoteleira e por não assegurarem as necessidades de aprendizagem à realidade hoteleira dos dias de hoje.
Aos Encarregados de Educação por passarem a educação básica para os professores, docentes e empregadores.
Aos Hoteleiros por olharem para as suas equipas e verem números e não pessoas.
Mas vamos por partes!
A nossa profissão sempre foi vista como algo irrelevante, supérfulo e sem necessidade de gandes estudos. Era só cozinhar uns pratinhos e fazer com que levassem da cozinha para a mesa. Era só limpar um quarto e deixá-lo como nas fotografias. Era só confirmar o nome e dar a chave do quarto.
Mas se alguém funcionar assim não terá grandes resultados e fechará portas rapidamente.
Tudo começa em casa, e vamos por começar por arrumar a nossa. Precisamos de olhar para os nossos filhos e perguntar-lhes como foi a escola, voltar a contactar os professores, ensinar-lhes regras básicas como por exemplo: higiene, postura e comportamento à mesa, conversar sobre política, economia, desporto, música, cultura, etc; dizer-lhes que o telemóvel não é tudo; ensinar-lhes os conceitos de responsabilidade e honestidade.
A seguir à casa, vem a Escola, e estas precisam de se actualizar e reformular. Os alunos não são os mesmos de há 10 anos, 15 anos, 20 anos….se não são mesmos o que podemos fazer por eles? A multidisciplinaridade deve estar presente no planeamento dos curriculum’s dos cursos Hoteleiros, a polivalência, a flexibilidade e o respeito pelos outros; as escolas devem ter os equipamentos apropriados para a realização das suas aulas técnicas, os professores devem ter a capacidade de idealizar e realizar as suas aulas fora do espaço das mesmas e utilizar espaços exteriores para um conhecimento mais real da actividade hoteleira e de restauração.
Chegamos a nós empregadores e os problemas começam pela falta de colaboradores para recrutar, pela falta de tempo para ensinarmos as regras e standard’s dos diferentes estabelecimentos e unidades.
Mas também durante quantos anos andamos a pagar salários baixos, a colocar de lado políticas de formação, a colocar em gaveta projectos de crescimento dos operacionais. Terá sido tudo por culpa da Economia e da Crise? Não terá sido antes: “Vamos primeiro aos números e cumprir o orçamento, depois logo se vê”.
Um elogio, uma palavra de atenção, um prémio, a promoção do mérito, devem fazer parte da cultura empresarial. A colocação de objectivos de venda e de qualidade, a formação de quadros médios e superiores para realizarem o acolhimento a novos colaboradores ou estagiários, não sobrecarregando deste modo o Departamento de Recursos Humanos; a definição de standard’s e políticas empresariais e entregar no dia 1 de um novo operacional.
Somos tão criativos e “desenrascados” que em algo tão simples e sem custos não conseguimos fazer maise melhor para motivar, promover e engrandecer as nossas equipas. Mas caso não tenham essa capacidade, perguntem como fazer
The last but not the least, operacionais da Hotelaria e restauração não vivam à sombra do êxito momentâneo, este é efémero. Busquem novas experiências, procurem novos desafios, queiram sempre mais e melhor. Lutem e arrisquem! Vão ver que no final compensa.
“Em geral, os Homens julgam mais pelos olhos que pela inteligência, pois todos podem ver, mas poucos compreendem ao que vêm”.
Nicolas Maquiavel
P.S.: Relativamente ao título: "Não é boa pessoa, mas é um bom profissional! Não é uma coisa nem outra! Não podes ser bom profissional, se não fores uma boa pesssoa!
Luis Neto
Comments