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Foto do escritorCatarina Varão

Quanto Tempo demora um Beijo?



Em tempos de pandemia, pouca disponibilidade há para namorar... por parte de alguns perfis de clientes ou da nossa parte que estamos no meio do trabalho do turismo que se pretende aceso- ainda que a conta-gotas e contra todas as ideias de feche de fronteiras. Mas há um perfil de cliente que continuará a viajar, que encara este "novo normal" como uma mera adaptação como tantas outras. E mais há ainda: Fé! Uma vontade que vingue o que é verdadeiramente bom, que resista o que é extraordinário. Fé que se aprenda com esta pandemia e se adopte um modelo mais qualitativo (António Jorge Costa, IPDT).

Aprendemos a gerir tempo como nunca: em trabalho remoto, a gerir tarefas familiares com o emprego e a valorizar o tempo como uma moeda tão preciosa. Valorizámos também o exterior, por oposição com o fecho forçado e tanto se falou em revenge travel... Sobretudo turismo interno, viagens e deslocações com intenção e propósito onde tudo pode falhar menos o tempo para desfrutar e ser bem recebido. Senão, não valerá a pena.


E um beijo pode tardar menos que 20 minutos

Com as novas directrizes da DGS os parques estão abertos com restrições sobretudo no que concerne às taxas de ocupação (a meu ver, ainda muuuito generosas, recomendando que apertemos mais o número limite de ocupantes de superfícies comerciais e parques quer em geral por questões de conservação e estado, quer em simultâneo para garantir respectivo distanciamento). As restrições são também em relação ao tempo: e no Parque Terra Nostra nas Furnas, na ilha de São Miguel nos Açores temos 20 minutos para ocupar uma piscina termal. São 20 minutos, lânguidos, preciosos, quase em exclusivo num luxo nunca visto. Uma experiência deveras luxuriante e memorável. E que não se contabilize o tempo, mas sim os momentos, com um "ahhh" em submersão na piscina de água a 40º enquanto chove ou com a celebração da vida e do amor num beijo prolongado e apaixonado. Mais amor (refere a Ana Cristina Guilherme) e referimos nós também, quer na perspectiva do usufruto e da celebração de datas e vivências em reservas que se querem, quer na perspectiva da promoção de nós players do mercado que (ainda) não aprenderam a vender sem a agressividade do produto e adaptado as estes novos tempos: vender também com intenção, com vontade e a certeza que é algo extraordinário. E não baste o profissionalismo e a criatividade nos programas extraordinários... a percepção de segurança são uma condicionante deveras decisiva na escolha do meu hotel ou programa. Mostrar como estamos a gerir este "problema", com atitude ou abismados? Seguir bons exemplos como Páteo da Galé ou Wayzor e repeti-lo vezes sem conta, demonstrando que a higienização é um dever de todos e não só um fardo do Housekeeping.


E por aí o que temos de extraordinário para vender, que mereça cada minuto do tempo?





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